30 julho 2006

Incondicionalmente...


Inconfundível o teu abraço

Nunca o esquecerei!

Chama acesa em meu peito...interminável pavio que ilumina a escuridão

Olhares que se espelham...(os meus queixam a tua ausência!)

Nada é mais belo e maravilhoso...e ao mesmo tempo atroz

Dói ter-te longe...dói querer ter-te aqui...as sábias palavras...a tua mão...(ai, a tua mão!)

Impulsivos meus gestos...impulsivos!

Ceifaste-os, carregaste no gatilho e deixaste florescê-los...

Ironia esta...duas meias palavras...uma canção

Omnipresente...o teu cheiro, o teu sabor

Nada se perderá...eu sei!

Amar-te incondicionalmente...(Amo!)

Lutar por ti?

Não sei...

Su

Olhar

Espreito, tento olhar (não consigo observar!), por este vidro (quase espelho, baço)...
Incolor, inócuo, supérfluo e fútil
E o que vejo?
Ruas esguias, sujas, iguais às de ontem...
Amanhã estarão assim...Não quero!
Correm, atropelam, vagueiam absortos...despidos, quase moribundos!
Morre o riso, o abraço, o aperto, o "bom dia" entusiasta entre os primeiros cafés da manhã
Morre o diálogo, morre a partilha, morre o momento, morre o sentimento
Mata-se o desejo, mata-se a espontaneidade, mata-se o afecto, mata-se o ser
Escrevo, sublinho, decifro...releio o que escrevo, apago, escrevo...volto a apagar
Corrector...espero...seca (como os afectos que já secaram! Eu sei...)
Leio (não gosto, não quero!)...escrevo mais umas palavras (sem nexo!)
Treme a mão, a caneta esvoaça, já falha as sílabas, come (do verbo comer) as letras...
Não quero, mesmo!
Rasgo...rasguei...joguei fora...pus no lixo...
Caminho sem palavras, corro sem sílabas (deitei-as fora!)...
Tento alcançar!
Está tão longe!
Não consigo lá chegar...
(Será que quero? Alcançar...)
Su



"A melhor forma de obter resposta é nunca parar de perguntar."
Cristina

28 julho 2006

"A paz não corrompe menos do que a guerra devasta"

John Milton

23 julho 2006

"Express yourself don't repress yourself" - Madonna

Um acordar...

Acordo...
Maquinal, automática, inconsciente, espontânea

Artificial, fingida, postiça
Nua, despida
Hermética, fechada, obscura
Embrionária
Crua, cruel, rude, incipiente
Extinta, morta, acabada
Ruir, cair com estrondo, desmoronar...

Su

Fragilidade

"Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazi0
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve."
Mafalda Veiga

21 julho 2006

Terror de te Amar

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa

(Sophia M. B. Andresen)

19 julho 2006

Porquê?

Surgiste na minha vida, arrebataste o meu coração e depois simplesmente desapareceste...
Porquê?
Abraçei,prometi,partilhamos e sonhamos...
Delimitei o caminho, percorrio-o ás cegas...não olho, não escuto,apenas sinto
Desejo, anseio...o teu abraço, o teu beijo, a tua mão na minha, o nosso olhar
Estás ai?
Voltas?
Procura-me...
Hoje...amanhã...agora...
Não sei, não sei nada, não compreendo
Sabes responder-me?
Explica-me...ensina-me a acalmar esta dor
E porquê?
Responde-me.
Diz-me, por favor!
Não posso...este aperto consome-me
Os olhos embargados...as lágrimas!
O aperto no peito,dói demasiado...
Porquê?
Apenas responde-me...

Su

16 julho 2006

O SÉRGIO NÃO É UM HERÓI DA NAÇÃO

"O Sérgio não defendeu três grandes penalidades, não marcou nenhum golo, as revistas não mostram a fotografia da namorada nem a piscina onde toma banho nas férias, o presidente não o elegeu como modelo do que os portugueses são capazes de fazer.
O Sérgio tinha 26 anos, era um professor de música que interrompeu as suas aulas para vestir a farda e ir ajudar a combater um incêndio que um qualquer idiota ateara e que quis ser ele a acompanhar os cinco chileno na companhia dos quais acabaria por morrer. O Sérgio não é um herói desta Nação, o seu corpo não vai ser sepultado ao lado de uma fadista no Panteão Nacional, a sua família não vai receber nenhuma medalha numa cerimónia em Belém ao lado do costureiro de uma qualquer dama da República, o mais certo é que acabe esquecido, enterrado num panteão reservado aos portugueses menores."

http://blogotinha.blogspot.com/




Há situações onde a diferença merece o nosso riso...

Porque será que noutras apenas recebemos portas fechadas e olhares repletos de ignorância e preconceito?!

Mas afinal o que é a diferença?!

Não somos todos iguais e ao mesmo tempo espantosamente singulares?

(autor desconhecido)

Como seria se gostassemos todos do amarelo?

Pois...

Seriamos, sem dúvida, canários à solta sem imaginação nenhuma ou liberdade alguma.

15 julho 2006

Onde está a poesia da minha vida?
O toque sentido, o amor dividido?
Onde estás tu que não vejo?
Por quanto tempo, por quantas vezes a saudade fará morada em meu ser?
A mente quer deletar aquilo que meu coração arde
A mão quer amar, acariciar, mas aqui é tão frio
Olho pessoas e passos vagos,risos falsos, corpos feridos
E meu íntimo diz: vái, segue, acredita
Será que vivo num mundo que não me pertence?
As pessoas não sabem mais amar?
E o calor do desabrochar de um grande amor?
E o pensamento sereno e infantil de esperar e sonhar acordado?
Serei eu uma sonhadora num tempo em que se procura e nada se acha?


(desconheço o autor)

12 julho 2006


"Saudade não significa distância! Quer sim dizer que um dia estivemos juntas..."
Hoje é igual ao ontem e amanhã vai ser igual ao hoje.
Deambulamos por aqui...adormecidos!
Su

"Não sou como a abelha saqueadora que vai sugar o mel de uma flor, e depois de outra flor.
Sou como o negro escaravelho que se enclausura no seio de uma única rosa e vive nela até que ela feche as pétalas sobre ele; e, abafado nesse aperto supremo, morre entre os braços da flor que elegeu."


(desconheço o autor)