28 novembro 2006


Entre paredes despidas
Repletas de figuras que nada dizem
Apontam o dedo
Assombram em segredo

Suspiram sem respirar
Vivem sem amar
Dão nós no apertar
Da solidão, desesperar

Jogam palavras
Morrem absortos
Muitos dizem sorte
Outros apenas morte

Su

26 novembro 2006

Pinto com os dedos na tela invisível
Escrevo com mão trémula nas linhas que me deixaste
Escassas, nenhumas...
Oiço a minha voz silenciosa, difusa
Inexistente...
Vejo-te em mim, inócua
Temo olhar
Tudo branco, vazio...
Espero...sem querer
Desejo...sem saber
Grito...sem ouvir
Balanço quieta na inquietude
Fico parada balançando na esperança...

Su


08 novembro 2006

Gritava se ainda restasse forças na minha voz
Vou balbuciando, baixinho
Nem eu me oiço

Gritava se não houvesse um nó apertado no meu pescoço
Vou andando, esperando
Nem ando, arrasto-me

Su